domingo, 18 de julho de 2010

A POLÊMICA DE BELO MONTE

BELO MONTE: DITADURA, NUNCA MAIS!


Era uma vez um “Belo Monte. Tão belo que despertou a sede insaciável dos monstros que vieram para ficar e somente deixarão a terra que há anos ocupam, quando se apropriarem de vez, de todos os rios, todos os minérios, toda biodiversidade do “pulmão do mundo”que, já em estado grave, clama pela resistência ativa de seus habitantes.

A vila de Belo Monte fica localizada nas proximidades do rio Xingu, Estado do Pará, no coração da selva amazônica, próxima a cidade de Altamira. É ali, onde a bacia do Xingu tem a mesma biodiversidade em peixes que toda a Europa, que o governo brasileiro – tomando o nome da vila – pretende construir uma das maiores hidrelétricas do mundo. Este é um projeto do tempo da ditadura militar, data dos anos 70.

Desde então, os povos indígenas, os ribeirinhos, a população da região, ambientalistas e a Igreja local vêm lutando contra este projeto. Em 1989, os índios realizaram o “ Primeiro Encontro das Nações Indígenas do Xingu”, que alcançou repercussão nacional e internacional. Pouco depois deste encontro, o Banco Mundial negou suporte financeiro e o projeto foi arquivado. Mas não foi abandonado. Agora, por iniciativa do governo Lula, ele volta com toda a força, como parte dos projetos do PAC. Para acalmar a resistência ao projeto, o governo reduziu a proposta de cinco para uma única usina.

O governo afirma que ela gerará 11.233 megawatts. No entanto, é sabido que essa potência só será produzida durante apenas quatro meses, nos demais o máximo que se conseguirá é 4.000 MW, ou seja, um terço do anunciado. O volume de terra a ser retirado para formar os canais será tão grande, quanto aquele escavado para a construção do canal do Panamá! Milhares de pessoas do município de Altamira, Vitória do Xingu e Brasil Novo serão retiradas de suas terras compulsoriamente, tornando-se mais pobres. Um terço da cidade de Altamira ficará submerso. Os estudiosos afirmam que a construção de uma usina é apenas uma etapa: o projeto seria financeiramente deficitário se se limitasse a uma única usina. Aprovada e iniciada a primeira, o projeto das outras quatro virá necessariamente.

Profundos impactos serão causados na fauna e na flora; haverá comprometimento da navegabilidade, da pesca, da agricultura; animais serão extintos e os modos de vida locais se perderão em definitivo; grandes áreas de bosques serão inundadas. Cem quilômetros do rio Xingu, um afluente do Amazonas – com largas cachoeiras e fortes corredeiras, arquipélagos, florestas, canais naturais rochosos – se tornarão secos ou serão reduzidos a um filete de água!

E, isto, logo após a Conferência de Copenhague sobre a gravidade da questão ambiental no mundo atual.

Para fazer aprovar este projeto, o governo vem passando por cima de uma série de exigências: seriam necessárias 27 audiências públicas, foram feitas apenas 4 e, mesmo assim, os principais interessados, os indígenas, ou não tiveram acesso ou tiveram seu acesso dificultado. O Ministério Público do Pará denunciou este fato. Para fazer o IBAMA conceder a licença ambiental, houve pressão sobre seus funcionários: dois deles deixaram o órgão no final do ano passado em função disso. O Ministério das Minas e Energia (Edson Lobão) e o Ministério do Meio Ambiente ( Carlos Minc0 pressionaram para que a licença ambiental fosse concedida e o fosse o quanto antes. E assim foi.

Na verdade, é um retorno às práticas da ditadura: foi assim que os militares construíram suas grandes obras, seus grandes projetos (inundação das Cataratas de Sete Quedas, a Transamazônica, a usina nuclear de Angra dos Reis, o “Brasil Potência”, o “Brasil, ame-o ou deixe-o...). Foi passando por cima da sociedade, dos povos indígenas – que não deveriam ser um empecilho ao “progresso” - , das populações ribeirinhas, dos atingidos pelas barragens, do respeito ao meio ambiente.

O Brasil deixou de ser ditadura há 25 anos e, num regime democrático, a sociedade tem o direito de se manifestar, de protestar quando percebe que projetos governamentais vão trazer prejuízo para a população. Finda a ditadura, graças a mobilização do conjunto da sociedade civil, dos movimentos sociais, das entidades de defesa dos direitos humanos, das Igrejas, construi-se uma Constituição que restabeleceu as liberdades democráticas, ampliou os instrumentos de participação social e de defesa da sociedade contra os abusos do poder. Um destes instrumentos de defesa criados pela Constituição foi o Ministério público. Esta instituição deve ter absoluta liberdade de ação: opor ameaças ao seu trabalho é reeditar comportamentos diante dos quais não nos calaremos. Não passem por cima da Constituição Cidadã: ditadura nunca mais!

O objetivo principal da energia que será gerada em Belo Monte é atender as necessidades das grandes empresas já instaladas ou que vão se instalar na região ou em suas proximidades;

O que importa são os resultados financeiros para as empreiteiras privadas, para as estatais ( seja Odebrecht, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Chesf, Furnas, Eletronorte, Eletrosul) e para os Bancos. Falou-se inicialmente, de um custo de 6, 7 bilhões; agora já se fala em 30 bilhões. Segundo o pesquisador Osvaldo Sevá, trata-se de “ projeto absurdo (que) foi imaginado por gente que só pensa em dinheiro”. Um conjunto de pesquisadores insiste que há muitas alternativas para gerar energia elétrica no Brasil sem destruir o meio ambiente, sem prejudicar os habitantes ( em particular, os povos indígenas), de forma limpa e mais inteligente. Entre outras coisas, eles mostram que é pouco sensato construir uma usina na Amazônia e depois ter de construir enormes redes de transmissão para levar esta energia para outras regiões. Após ter revisado toda produção e distribuição de energia existente no Brasil, o que economizaria uma energia muito maior do que Belo Monte pode produzir, o governo brasileiro deveria concentrar-se no investimento das energias alternativas que são hidrelétricas, sim, mas pequenas – nunca grandes – energia eólica – que eles demonstram que pode produzir dez vezes mais energia que Itaipu – e energia solar ( que as autoridades brasileiras poderiam desenvolver, se tivessem interesse). Fonte: site adital

RETIRADO DO INFORMATIVO RAIOS DE LUZ – PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO/ PARAUAPEBAS –PA, ANO: 4, Nº 43, JULHO DE 2010

sábado, 17 de julho de 2010

O CAMINHO

  Diante do turbilhão de problemas e conflitos, aturdido e receoso, a um passo do desequilíbrio, indagas sem diretriz: - Onde a via a seguir? Qual a conduta a tomar?
Certamente, todo empreendimento deve ser precedido de planificação, de roteiro, de programa. Sem esses fatores, o comportamento faz-se anárquico, e o trabalho se dirige à desordem.
A experiência carnal é uma viagem que o espírito emprende com os objetivos definidos pela divindade, que a todos reserva  a perfeição.
Como alcançá-la, e em quanto tempo? Depende de cada viajor. Multiplicam-se os caminhos que terminarão por levar à meta. Alguns conduzem a despenhadeiros, a desertos, a pantanais, a regiões perigosas. Outros se desdobram convidativos e repletos de distrações, prazeres, comodidades engodos, passadismos. Poucos se caracterizam pelo esforço que deve ser envidado para conquistá-los, vencendo, etapa por etapa, as dificuldades e impedimentos.
Uns levam à ruina demorada, que envilece e infelicita. Vários dão acesso à glória transitória, ao poder arbitrário, às regalias que o túmulo interrompe. Jesus, porém, foi peremptório ao asseverar: - Eu sou o caminho, - informando ser a única opção para chegar-se a Deus. Se te encontras a ponto de desistir da luta, intenta-o outra vez e busca Jesus. Se te abateste e não tens ninguém ao lado para oferecer-te a mão, recorre a Jesus. Se te sentes abandonado e vencido, após mil tentames malsucedidos no mundo, apela a Jesus. Se te deparas perdido e sem rumo, apega-te a Jesus. Se te defrontas com impedimentos que te parecem intransponíveis, procura Jesus. Se nada mais esperas na jornada, recomeça com Jesus. Se avanças com êxito, não te esqueças de Jesus. Se estás cercado de carinho e amor, impregna-te de Jesus. Se a jornada se te faz amena, agradece a Jesus. Se encontras o conforto e alegria no crescimento íntimo, não te separes de Jesus. Se acreditas na vitória, que antevês, apoia-te em Jesus. Se te sentes inundado de paz e fé, Jesus está contigo. Em qualquer trecho do caminho da tua salvação, Jesus deve ser o teu apoio, a tua direção, a tua meta, tendo em mente que através d'Ele e com Ele te plenificarás, alcançando Deus. O mais, são ilusões e engodos. Não te equivoques, nem enganes a ninguém.

DIVALDO PEREIRA FRANCO. DA OBRA: MOMENTOS ENRIQUECEDORES
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS.
SALVADOR, BAHIA: leal, 1994

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PROFESSORA MARIA JOSÉ - EXEMPLO DE AMOR AO PRÓXIMO

A senhora de vestido  cinza é minha mãe, mais conhecida como professora Maria José. Desde o ano de 1968, em Ilha Grande, município de Belém  tem dedicado sua vida a ajudar o próximo. Em 2009 recebeu da Câmara Municipal de Belém a Medalha  Clodomir Colino por relevantes serviços prestados a área da educação.
Minha  mãe é um grande exemplo de perseverança.. É uma brasileira de muita dignidade, que não mede esforços para fazer o bem.
Merecidamente foi homenageada. Ela merece todas as honrarias que uma pessoa de destaque pode receber. Minha mãe todos os dias dá lição de cidadania. Sou muito feliz por ser filha da professora Maria José, que diante das dificuldades nunca desistiu. É meu exemplo de vida e de amor ao próximo. A ela, que é  muito importante o meu agradecimento.
Professora Maria José é benemérita da escola Nossa Senhora de Nazaré, em Ilha Grande, Belém - Pará/Brasil.

PARAUAPEBAS - CENA DO COTIDIANO

A GATA E SEUS FILHOTES

LINDA FLOR